Hoje acordei atordoado, com um sonho antigo e recorrente que me vem da antiguidade.
Sempre me vejo entre os campos de caças, pastoreio e forjas de fundição.
Sonhei em uma espécie de Clã, em um mundo de estepes e montanhas, sou Belarmino, um jovem filho do (fabricante de armas).
Meus antepassados eram bons em forjar e fabricar: espadas, punhais, adagas, arcos e flechas, lanças e vários tipos de armadilhas de caça.
Os romanos sempre compravam nossas armas e chamavam de belarmenias, ou bonitas armas.
Os escudos em carvalho, eram estruturados em anéis de bronze e cunhados em madeira e pinos de ferro, presos com amarras de couro, davam bom apóio e sustentação.
Sonhei que estava em um ritual e uma missão dos confins da Armênia para o mar da Judéia. Naquele momento, recebia um amuleto com tranças metálicas com símbolos de cobras e dragões entrelaçados. Pela primeira vez transportava a simbologia de nossa aldeia para um distante e desconhecido mundo de guerras.
Era uma missão longínqua, para tanto, teria que cruzar montanhas e seguir viagem até o mar negro para, em uma embarcação fenícia, cruzar o mar até as gargantas gregas, para chegar ao mar mediterrâneo e singrando ilhas e mares, aportar no Mar da Judéia.
Eram tempos terríveis e Roma estava desembarcando nas praias do Oriente Médio para instalar uma Nova Colônia de expansão e exploração, controlando cidades e povoados de toda a transjordania, entre o mar mediterrâneo e o mar vermelho.
Era uma região próspera, com grandes cidades e caminho obrigatório de grandes civilizações, sempre disputando caminhos, rotas comerciais e pontos estratégicos.
O ano era 64 aC., guerras e conquistas assolavam o Oriente Médio e os Deuses, parece que já haviam virado as costas para aquela região.
A embarcação foi interceptada por soldados romanos. Todas as armas foram apreendidas e me tornei um prisioneiro escravo, tendo que realizar trabalho forçado, nas mãos do imperialismo romano.
Acordar foi um alívio, mas ainda me sinto prisioneiro, em um mundo de trevas e de exploração.
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