Nem tudo é sobre eu ou você, nem sobre nós. É sobre a vida marcada por ritmos distintos como uma música profunda.
Somos diferentes em vários aspectos, você é metódico, organizado e exigente. Eu sou desorganizado, comum e espontâneo, não exijo muito e a minha despreocupação com a vida é um protótipo do caos.
Às vezes me perco, tenho dúvidas, raiva e frio na barriga com suas maneiras de ver o mundo.
Às vezes eu vejo o mundo como uma jornada insegura e incerta, mas me contento em querer seguir em frente.
Você me desafia a buscar novos horizontes, me alegra com sonhos em territórios distantes, prepara as malas e vai embora sozinho.
Quais as nossas diferenças? Serão culturais, sociais ou mentais?
Às vezes somos incomuns, entramos em pânico e estado de choque.
A vida é injusta, nem tudo é tão importante e seguro que nos deixe preenchidos de segurança.
As loucas experiências são transitórias e entre a surdez, a loucura e a cegueira, nunca temos a escolha sobre isso.
Às vezes fechamos os olhos, tapamos os ouvidos e continuamos a escutar os ruidos as vozes distantes do mundo.
Construimos muros, barreiras e nossos pensamentos e sentimentos se chocam o tempo todo. Somos nós as nossas profundas cavernas.
Surdez silenciosa na escuridão.
Monstros mentais em forma de dragões para lutar. Estamos só querendo correr, fugir para um campo aberto para os assustadores abismos e cânions profundos. Isso tudo não é sobre nós, mas sobre nossos medos.
Por Belarmino Mariano. Imagem das redes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário