Por Belarmino Mariano
Se Deus diz que tudo é minha culpa, meu pecado original, então conto até dez e sinto o apocalipse no ar.
Se Deus quer a minha alma a qualquer preço e me pede para matar em seu nome, me pede guerras santas, então mergulho de cabeça e afogo meus sentidos até a garganta.
Se Deus me pedir sacrifícios impossíveis para comprovar o amor incondicional em sua fé, mesmo a contragosto, desço as profundezas para encontrar as promessas e desejos divinos.
Se Deus me aprisiona em paradoxos existenciais, me obrigando a lhe amar como único, lhe pergunto, o quê você sabe sobre o tempo?
Deus então me responde, com o acaso e o caos, então, como podemos negociar com o tempo, se nem Deus sabe o que é?
"Deus está morto!" (Nietzsche).
Ciência, Razão e Pensamento Crítico, muitos acreditam que esses são os responsáveis pela morte de Deus.
Será? Acredito que só pode morrer o que tem vida.
Logo, Deus é apenas uma invenção humana que existe enquanto essência do pensamento.
Quem mata Deus são as religiões que se utilizam mal dessa essência filosófica dos seres humanos.
O que gosto da Filosofia budista é o fato de que, nem admitem a existência de Deus.
Ao pregar Deus como algo utilitário e a serviço de vontades e desejos humanos, Deus perde o sentido de existir.
Ao pregar um Deus rancoroso e castigador que escraviza os fiéis a segui-lo cegamente, afastam multidões da suposta existência de Deus.
A quantidade de invenções de Deuses é tão grande que a humanidade e sua longa linhagem já criou e já distribui milhões de deuses.
Por Belarmino Mariano. Imagem das redes.
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