terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Aqui no Nordeste o Coco é Seco!

Por Belarmino Mariano.

"Eu quero me trepar no pé de coco, eu quero me trepar pra tirar coco, depois eu quero quebrar o coco pra saber se o coco é oco, pra saber se o coco é oco" (Messias Holanda).

Em meu quadro de "A Geografia das Pequenas Coisas, sempre procuro abordar temas os mais simples possíveis. Aqui estaremos abordando o coco seco (cocos nucifera), uma espécie vegetal da família Cocos Arecaceae. Uma palmeira muito bonita e que pode chegar em média em 10 e 20 metros.

Podemos afirmar que é a palmeira de maior importância econômica em todo o mundo. A polpa é usada como alimento e matéria-prima para numerosos produtos. As fibras do mesocarpo são usadas na indústria textil para fabricação de cordas, capachos, esteiras, estofados, etc. Do endosperma líquido, imaturo, se retira a água de coco. A espécie é amplamente usada em paisagismo e cultivada na fruticultura.

Como é uma espécie tipica das regiões litorâneas e aqui no Brasil, influênciado ao clima Tropical e Equatorial quente e úmido, não se desenvolve vem nos clinas subtropicais e temperados. Isso significa que não aparece nas regiões sul e central do Brasil.

Uma certa vez, um estudante de Sapé ne pediu sugestão de tema para fazer seu TCC, então sugeri Coco x Coca Cola, mas ele não levou a sério. Aqui segue um pequeno artigo sobre o coco seco e o povo nordestino.

Quando um baiano, alagoano e sergipano olha para um coco seco, vê logo um prato com peixes e outros "frutos do mar", como uma vatapá, bobó de camarão, muqueca, ensopado de caranguejo ou aratú.

Uma baianinha do universo sagrado dos doces vai pensar logo em uma cocada de coco, um doce em caldas com coco e mamão verde. Na Bahia as cocadas de coco são iguarias sem igual.

Se a gente pensar em um pernambucano, paraibano ou norte riograndense, quando olham para um coco seco, eles querem logo fazer uma tapioca, um beiju, um cuscuz ou um pé de moleque. Na Paraíba tem um doce americano ou quebra-queixo com coco que é maravilhoso.

cearense, piauiense e maranhense faz tudo que você imaginar com coco seco. Eles gostam tanto de coco que só precisam de coco ralado ou em pedaços, um como americano de café, farinha de mandioca para comer misturado com coco e café. 

Não importa o nome ou o lugar, mas no nordeste com coco seco se faz picolé, din din ou sacolé, além de mungunzá, bolos, canjica, sorvete, pudim, queijadinha, Maria mole e até licores. 

Pirão de peixe, camarão e mariscada, doces, bolos e cocadas, aqui são muitas as experiências culinárias e o coco é seco. No nordeste inteiro, do litoral ao interior, coco seco nunca pode faltar em uma casa, pois nos planos de vida desse povo, coco é tudo!

Não sei o que seria do povo do Nordeste sem coco. Eles usam coco para fabricar óleo comestível, cosméticos e remédio. O coco está para o povo do Nordeste, assim como o azeite e a uva estão para os povos do mediterrâneo.

Coco tem mil e uma utilidades, pois serve também para jardinagem e artesanato. Sua casca e quengas servem para caqueiras e jarros, além de uma infinidade de outras artes. Até roupas e estruturas de enchimento de cadeiras de carros ou até mesmo como combustível.

Aqui no nordeste existe um ditado popular. Quando alguém estiver querendo lhe fazer de otário. O nordestino diz: "Besta é coco que dá leite sem ter peito. Coco é tão besta que deixa o cara furar o olho dele, beber a sua água e ainda deixa as filhas serem quengas".

Vejam bem, aqui só falei que aqui o coco é seco. Imagina se a gente incluir o coco verde nessa história. Água de coco no verão, no Whisky, a água do coco verde bem gelada e na beira da praia é maravilhoso. 

Outra experiência humana é a carne ou laminha, junto com a água de coco, batida no liquidificador e fazer aquele suco delicioso? Você sugere mais alguma experiência com o nosso coco de cada dia?

Por Belarmino Mariano, imagem das redes sociais.
Fonte: https://museunacional.ufrj.br/hortobotanico/Palmeiras/cocosnucifera.html 

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