Nesse mundo raso, qualquer profundidade e reflexo do céu, como se estivesse permanente em um buraco negro. Reflexos cinzas de nuvens carregadas de umidade, refletidas pela luz do Sol, tingidas pela atmosfera nua.
Ao primeiro passo, passo a passo, um lapso tempo e a criança rasga os vazios como se sempre soubesse caminhar sozinha.
No céu da tua boca nua, minha língua é um paraquedas em queda livre para um abismo de emoções e sensações de línguas estranhas e eróticas.
Saí de casa cedo e me perdi nessa caminhada ilógica. Sentei no tronco dessa jaqueira velha e, como um Buda, me encontrei em profundo vazio, lá percebi que nada existia.
*Por Belarmino Mariano Neto.
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