quinta-feira, 6 de março de 2025

De uma Tampinha Plástica ao Caramujo na Prisão.

Por Belarmino Mariano.

Dois pequenos momentos do cotidiano urbano muito Pñparecidos com nada demais. Uma tampinha de garrafa plástica de água mineral ao caramujo africano preso em uma grade de galeria pluvial no centro da cidade de Guarabira/PB.

Não parece com nada em especial, é apenas um círculo amarelo de plástico no meio da praça. Isso não quer dizer nada demais. É apenas mais um tampinha de garrafa de água mineral jogada no meio da via publica.

Apareceu aí ao caso, não é digna de importância e nem apresenta riscos reais a sociedade, pois o plástico ou polietileno foram incorporados a centenas de ações e produtos da sociedade moderna.

Olhando assim de perto, parece até uma obra de arte, uma instalação feita por design inteligente em uma circunferência dentada, em que a geometria apresenta um cálculo perfeito para a ciência matemática.

Mas, as vezes é na simplicidade que mora o perigo. Diante de um calor intenso, da pouca circulação do ar e do abafado urbano, estampinhas inocentes pontuam as calçadas e paçarelas de toda a cidade.

Com as chuvas fortes e intempestivas, elas e suss levezas, flutuam no leite da água e escorrem para as galerias pluviais. Assim chegam até o leito dos rios vão direto para uma represa barragem ou chegam até o mar.

Agora imagine bilhões de pessoas em rodo o Planeta Terra, jogando essas tampinhas inocentes por aí. Bilhões de tampinhas se transformam em toneladas. Agora multiplique esses mesmos bilhões por piolas de cigarro, papel de bombom, copinhos plásticos, tampinhas de fata uva, embalagem de picolé e milhares de pequenos objetos de plástico. É aí que mora o perigo e a emergência climática!

Agora observem  caramujo na prisão.  Na grade da galeria, bem instalado 
Preso ou engalhado na tampa da galeria pluvial. A vida por um triz ea prisão pelo lado de fora do gradil de ferro bruto em estrutura forte.

O caramujo por um golpe de sorte não caiu no esgoto, escapou por pouco de ser arrastado pela enxurrada das grandes chuvas e agora, não tem para onde ir. Ficou aqui sem água que o carregue, até que uma nova cheia ou alguém ao acaso o libertar dessa prisão provisória.

Na vida nem tudo é do nosso jeito 
E em muitos casos, o jeito é esperar. Para os franceses, caramujo pode ser escargot, mas não é o nosso caso, pois esse caramujo aprisionado é um perigoso transmissor de doenças.

Esse Caramujo Grande africano (Achatina fulica), através de sua mucosa ou de água contaminada, pode transmitir doenças como: Meningite eosinofílica, Angiostrongilíase abdominal, Hepatite e Estrongiloidíase.

Olhem para esse simples prisioneiro indefeso, imóvel, tranquilo e aparentemente inofensivo, pode ser uma bomba relógio pronta para explodir e contaminar toda uma comunidade humana e de outros animais.

Vemos nessas duas aparentemente pequenas situações ambientais, humanas e urbanas que qualquer coisinha é o suficiente para impactos ou desequilíbrios ambientais. O que podemos fazer para evitar tais riscos?

Por Belarmino Mariano. Imagem do autor.

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