sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Acumulador de Pedaços de Canos e Troços Velhos

Por Belarmino Mariano.

Em papo de família, enquanto dirigia para o centro da cidade, aproveitei para reclamar com Luísa Mariano a filha adolescente, sobre organizar suas coisas, juntar seus troços e fazer uma ordem mínima das coisas. 

Disse que seu quarto era uma bagunça totalbe que  Anarquia era ordem. A desordem e o caos eram as únicas regras ali. Aleguei que parecia um vulcão em atividade e que, nos lugares onde a entropia se instala, o tempo para e a incerteza toma conta do universo.

Aí ela veio com essa frase que saiu da lata: "-espia quem fala, um acumular de pedaços de canos. Pensa que não vejo suas manias malucas de juntar troço velho!?"

A segunda parte da frase, "juntador de troço velho", bateu forte em minha caxola de sexagenário. Lembrei logo do meu pai, era um acumulador de coisas velhas e tinha a mania de costurar objetos quebrados. Costurava tudo, usava linha, fio de cobre, arame, nylon e o que fosse possível.

Nos dias atuais em que tudo é frágil e descartável, certamente, meu pai enlouqueceria tentando consertar os objetos feitos para quebrar.

A obsolescência programada é um absurdo, tudo está programado para quebrar bem antes do normal e as coisas caras pesam muito no orçamento.

Realmente ela tem toda razão, sou um acumulador de troço velho. Acho que tenho pedaços de canos em pvc de diferentes tamanhos, diâmetros e idades. 

Tenho uma estante grande com ferramentas, prego, parafuso, porca e coisas quebradas, ou restos de materiais, como pedaços de fios, torneiras quebradas, restos de tinta, buchas, etc.

Já observei uma coisa, a gente guarda essas porcarias por anos. 
Aí quando faz uma geral, joga ele troço velho fora, na semana seguinte, precisa, justamente daquela emenda, daquela junta do tampão da repimboca da parafuseta.

Por Belarmino Mariano, imagem das redes sociais.

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