Escritos de um amador que ama a dor
de corpos partidos
corpos de cidades em
cada ponto de partida
[d]eus
metal e carne em corpos que experimentam
a dor e o prazer de um ter ausente
desejo de carne pedra e prazer
[d]eus
nudez ateniense, democracia
erótica que se despe)(pede
carne metálica, corpo de bronze,
pele oxidada e nua.
parasitas, filósofos e pedintes
[d]eus
crianças cósmicas que admitem
o caos ao acaso e em todo caso,
brincam com bolas de cristais multicoloridas
pelo escuro incolor do uni verso.
Brincam de esconde-esconde
em seus buracos negros
nas vias lácteas de queijos suíços
para desafiarem [s]eus próprios medos.
[d]eus
não guardam segredos em serem
[s]eus próprios eus e brincam de
cabra-cega para se tornarem
videntes com olhos e dentes
que sangram [s]eus próprios ventres
que nascem de mentes brilhantes
em escuras cavernas cranianas
de loucos alucinados e lunáticos.
[d]eus
tua boca, céu, atmosfera nua,
aeronave carnívora
num pára-quedas abismático
de tua língua úmida.
ácido básico, desejo língua úmida,
salto para quedas
em asas deltas
na tua boca
céu atmosfera nua.
[d]eus
paixão mágica de mulher,
respiração na tua boca cósmica
para respirarmos
boca a boca
nesse amor de fogo
[d]eus
dignidade digital em códigos de barras
de tua identidade sem digital
nem código de barra.
[d]eus
na íris dos teus olhos
um arco-íris a me flechar
com a íris do olhar.
flechas envenenadas
de amor em tua bunda
carimbada com essa
marca multinacional de jans.
[d]eus
na couraça de uma fêmea,
a memória curta de um tempo
longo de lembranças
do território da morte
lençóis estendidos
no varal do universo nu
[d]eus
esse amor clandestino
se faz em teus lábios tingidos
com sons e murmúrios cósmicos
escritos pelo grafite dos teus olhos,
as cores incolores da utopia.
[d]eus
a biografia do teu perfume
altera meus sentidos e me enfeitiça. te sinto essência crua
em minha pele nua.
teu cheiro escreve
em minha pele poemas
com as tintas incolores
dos odores, grafites
da alegria em te amar.
[d]eus
mulher em corpo e alma,
sua nudez utópica,
tecido de pele
em minha poesia nua.
[d]eus
na ires dos teus olhos um arco,
um piscar de flechas faiscantes.
em teu sorriso uma festa
a me enfestar com
as flechas do olhar.
Poética de Belarmino Mariano.
Fonte: essencialismo.blog.sapi.pt/
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Imagem: redes sociais.
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