segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Astronauta Ron Garan afirma que a humanidade está “vivendo uma mentira”

Via Maria Cristina Simões.

O astronauta da NASA Ron Garan, que passou 178 dias no espaço e deu mais de 2.800 voltas ao redor da Terra 🌎✨, afirma que a humanidade está “vivendo uma mentira” depois de testemunhar, com os próprios olhos, a fragilidade do nosso planeta e experimentar de forma profunda o poderoso Efeito Perspectiva — também conhecido como Overview Effect, um fenômeno emocional e cognitivo que transforma a maneira como muitos astronautas enxergam a vida e o mundo após verem a Terra do espaço.

Lá de cima, sem fronteiras, sem muros e sem barulho político, Garan percebeu o quão invertidas estão nossas prioridades como civilização. Ele conta que ao observar aquela fina camada azul envolvendo o planeta — uma atmosfera tão delicada que parece quase pintada — ficou claro que estamos colocando tudo na ordem errada: colocamos a economia em primeiro lugar, depois pensamos na sociedade e só por último lembramos do planeta 🌬️💔. Para ele, isso é uma falha gigantesca. A verdadeira ordem deveria ser justamente o contrário: Planeta → Sociedade → Economia, porque sem uma Terra saudável, não existe vida, não existe comunidade, não existe sistema financeiro que se sustente.

Quando diz que estamos “vivendo uma mentira”, Garan se refere à ilusão da separação — essa crença de que somos divididos por países, bandeiras, religiões, ideologias, times, fronteiras e muros imaginários. De cima, nada disso existe. Não há linhas dividindo continentes, não há inimigos, não há “nós contra eles”. O que há é apenas uma grande família humana compartilhando o mesmo e único lar possível 🫂💙.

Ele relata que, ao ver tempestades gigantes, florestas inteiras, oceanos brilhando e cidades piscando como pequenos pontos de luz, percebeu que tudo está interligado. As decisões de um lugar afetam o mundo inteiro. E a fragilidade da atmosfera — nossa única proteção contra o vazio mortal do espaço — mostra o quanto estamos brincando com o próprio futuro ao destruir ecossistemas, poluir e ignorar sinais cada vez mais claros de colapso ambiental ⚠️🔥.

A mensagem de Ron Garan é um alerta urgente, quase um pedido de socorro: precisamos acordar, repensar nossas prioridades e agir com mais união, consciência e sustentabilidade. Para ele, só quando entendermos de verdade que estamos todos no mesmo planeta-nave, viajando juntos pelo universo, é que teremos chance de garantir um futuro seguro e digno para as próximas gerações 🌍🚀💫.

#explorar #reels #fblifestyle
Fonte:  https://www.facebook.com/share/1C4dgMiKfb/

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

"O CABARÉ DAS MANGUEIRAS"

Por Cleudimar Ferreira*
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Cabaré das Mangueiras não era e, nunca foi, o letreiro principal em destaque na sua fachada. 
O nome oficial do peixe vendido por Lília era Dallas Motel - escrito em letras grandes, fonte areal, com formato itálico, acrescido de singelo sombreamento, comum em equipamentos desse gênero nos beiços das estradas. 
Eclético, a área de lazer e entretenimento masculino, contava com atração feminina de livre escolha; quartos equipados - adaptados para relaxamento das tenções; serviço de bar completo com música ambientada; pousada multiuso e outros atrativos conforme imaginação do cliente. 
Um espaço que ainda está no subconsciente da população de Cajazeiras. 
Suas lembranças foram regadas até aqui e, o seu crescimento popular entre todos, se tornaram evidentes, através das histórias vividas e, outras, através da oralidade de quem viveu certa vez, o dia a dia desse local. 
Hoje, sua imagem nos remete ao passado, já que as suas ruinas é o que espelha no memento, a razão do que foi e sua função, que perdeu paulatinamente, seus espaços preciosos para as redes sociais, depois do avento da Internet e os aplicativos para smartphones.
Agora não é mais ponto fixo ou via Sedex, é telepaticamente virtual. 
Lembro muito bem, que certa vez a convite de amigos, meu pai foi uma pescaria em um açude que ficava nas imediações dessas instalações e, me levou junto com ele. 
Nem eu, nem ele, sabia que para chegar no local da pescaria teria que passa ao lado da estalagem de Lilia.
Em direção a pescaria, quando íamos passando de lado desse mundo de prazer e amor, um gaiato do grupo sugeriu que parasse no local para tomar uma cervejinha. 
A tenção já foi logo se apoderando de mim. 
Meu pai tentou evitar essa parada, mas a maioria como sempre, é sempre a vencedora.
Paramos no lugar, apoderamos de duas mesas conjugadas.
Logo um grupo de mulheres prestativas e educadas vieram a nós para nos atender
Depois de umas três cervejas, começou o atiramento de alguns do grupo e, as meninas com suas cordialidades naturais de sempre, reciprocamente, deram seus ares das graças, começaram a fazer colo nas coxas de todos que estavam naquela mesa.
Para mim um adolescente, tudo aquilo era estranho e novidade, até que uma veio e sentou no colo de meu pai e começou brincar com meu pai fazendo cafuné na cabeça dela e dando alguns beijos no rosto.
Vige maria, eu saí de perto cheio de remoço e com a consciência pesada
Meu pai ficou encabulado e, aí, a moça deixou o seu colo.
Daí veio a piada: Zé, tu também... para onde vai tem que trazer esse teu filho! 
Meu pai: E eu lá sabia que ia passar no Cabaré de Lilia!
Logo em seguida desfizeram a mesa, pagaram as despesas e, seguimos direto para a tal pecaria.

*cleudimarferreira. Foto: Celismar Alves.

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Parte da água da Terra pode ser mais antiga que o próprio Sol

Por Mente de Curioso*

Pesquisas em astroquímica sugerem que uma fração da água presente na Terra e no restante do Sistema Solar pode ter se formado antes mesmo do nascimento do Sol, há mais de 4,6 bilhões de anos. Essa hipótese é sustentada por estudos publicados na revista Nature e por observações de telescópios como o ALMA.

Os cientistas investigam essa origem por meio da análise da razão D/H (deutério/hidrogênio) encontrada na água de meteoritos, cometas e discos protoplanetários. Essa assinatura química mostra que parte da água que hoje existe em planetas, luas e objetos gelados do Sistema Solar tem características compatíveis com a água formada em nuvens interestelares frias, muito antes da formação do Sol.

Embora não exista um consenso sobre a porcentagem exata, estimativas científicas sugerem que uma parcela significativa dessa água pode ter origem pré-solar. Isso significa que parte da água que compõe oceanos, rios e até mesmo a que bebemos não nasceu aqui: ela foi herdada da grande nuvem de gás e poeira que deu origem ao nosso sistema planetário.

Essa descoberta fortalece a ideia de que a água é um composto abundante no cosmos, o que aumenta a possibilidade de ambientes favoráveis à vida em outros sistemas estelares.

#Ciência #Astronomia #Universo #OrigemDaÁgua #PlanetaTerra #Cosmos #ArquivoDoCurioso
Fonte: https://www.facebook.com/share/p/1RdPN1nFmC/

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Memórias de Eliseu sobre os Quatro Elementos

Por Belarmino Mariano*

Desde crianças eles cresceram juntos na periferia favelada de Salvador, Moinho do Tucum. Até foram para a escola, mas estudar que é bom, foi muito pouco. Íam para o colégio em busca da merenda e sempre provocavam confusão com os outros colegas .

Eram quatro moleques de rua, viviam livres e soltos, entre o Mercado Publico do bairro e a feira livre. Entre pedir e fazer pequenos furtos foram crescendo e sendo educados pela vida. Sempre que estavam em perigo, se transformavam em "Pedros Corredores" e disparavam entre becos e ruelas, que nem bala os pegavam.

Eram tão ligados, tão próximos que pareciam irmãos univitelinos. O grude deles era tão grande que o Sr. Chico do Carvão, os comparava com os "quatro elementos": Terra, Fogo, Água e Ar. Quando passavam correndo, ele falava: "Esses meninos são Terra quente!" 

Eram assim, tão misturados que, fizesse chuva ou Sol, trovão e relâmpago, eles continuavam juntos e se protegiam das intempéries da vida. Eram tão unidos que o dava para um dava para todos e enfrentavam qualquer perrengue juntos.

Seus nomes de nascimento eram: Jordão, Raimundo, Eliseu e Baltazar. Mas ninguém sabia quem era quem, pois os nomes eram o que menos importava. Entre pipa, pião, bola de gude, roda de capoeira e carro de mão, foram crescendo e entrando nas guerras de meninos de rua. Eles eram os da rua de cima, pois moravam no ponto culminante do Moinho do Tucum. 

A vista privilegiada aumentava seu poder de domínio territorial. Como eram quatro e sempre estavam juntos, tinham uma força descomunal e se as lutas fossem em campo aberto, enfrentavam dez facilmente. Capoeiristas regionais eram temidos até pelos mestres. Capoeira de rua, com desconhecidos, não era brincadeira para qualquer um.

Os outros moleques do morro, evitavam enfrentamentos e a imposição deles era respeitada e temida. Os "donos das bocas do morro", contavam com eles para os serviços sujos, em troca do vil metal. Entre o levar e o trazer, a cooperação era garantida e a menor idade era uma arma importante para os maiores de idade, a estratégia funcionava como uma luva.

A adolescência e juventude foi marcada pela entrada na organização criminosa e no comando de parte da boca que ligava o Morro ao centro de Salvador. O domínio era absoluto, os cordões de ouro, a grana fácil e as noites na roda de samba, do cabaré e botiquín, até as sextas no terreiro de candomblé eram itinerários certos.

Eles riam e brincavam com a ideia de serem os quatro elementos e nunca sabiam ao certo quem era a Terra, o Fogo, a Água e o Ar. Mas a sua Mãe de Santo, essa sim, sabia com certeza. Esses meninos moleques viraram homens e hoje são velhos guerreiros que, tomaram tento e vivaram comerciantes formais. Eles lembram que nem sabem como escaparam de todos os perigos do mundo, mas a sua Mãe de Santo, sempre soube dos poderes dos seus Orixás.

*Por Belarmino Mariano. Imagem das redes. Crônica para Novembro.

O Buda da Compaixão

Por Belarmino Mariano*

No meio de um lago das montanhas do Himalaia, flutuava uma estátua do Buda da Compaixão em posição de Ioga como se estivesse flutuando em uma flor de lótus.

Era fim de tarde e das montanhas do Oeste o pôr do sol em seu brilho laranja avermelhado com tons dourados também flutuava a sua luz por sobre a água e o Buda. 

Os ventos das montanhas lançavam jatos de ar em diferentes direções e faziam ondulações na superfície do lago, provocando um balé suave e vibrante, como se tirasse som da água fria e da luz solar irradiada por todos os lados.

Na medida em que os ventos tocavam o fino tecido da água, parecia até que a luz tremulava e lentamente, movia o Buda da Compaixão em um suave círculo, que ora tocava a reta de luz, interferindo as particulares e ondas energéticas que tocavam sua pele de madeira e bronze.

Aos poucos, o anel solar foi engolido lentamente pela curvatura da Terra em suas camadas de montanhas pontiagudas. Ao longe, a linha do horizonte virava uma pintura cósmica em tons quentes e suaves. 

Era outono e as cores ocres se misturavam ao vermelho, amarelo e laranja. Nuvens distantes criavam um degradê de cores, até que a ausência de luz gerasse uma escuridão suave, enquanto pingos de estrelas, um a um, ocupassem as trevas do universo.

Agora o lago refletia a escuridão do prelúdio e o vento suave trazia o esfriamento do ambiente suavemente prateado. O Buda da Compaixão contemplava o vazio e o silêncio como se tivesse atingido o Nirvana, em que, matéria e energia era uma só coisa.

Por Belarmino Mariano. Imagem das redes sociais.

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

A Saga Moleque e o Desafio da Bunda de Tanajura

Por Belarmino Mariano*

"Cai cai tajura que é tempo de gordura! Cai cai tajura que é tempo de gordura!" Essa era a gritaria no meio das ruas de terra batida e dos terrenos baldios da nossa infância nordestina.

Eu tinha uns 12 anos e nunca tinha beijado a boca de uma menina. "A brincadeira de maçã, pêra e salada mista", em que , tínhamos nossos olhos vendados, a gente escolhia as frutas e a salada mista era beijo na boca, maçã abraço e pêra beijo no rosto.

Na casa ao lado da minha, tínhamos cinco amigos, sendo três meninos e duas meninas. Nunca imaginei que no futuro uma delas seria minha namorada. Mas nessa época, Rita de Cássia, com uns 14 anos, fez um grande desafio para os garotos da rua.
Aquele que consegui comer um punhado de bunda de tanajura crua, vai ganhar um beijo na boca e de língua. Aquela garota linda, olhos negros, lábios carnudos, cabelos negros encaracolados e pele cor de canela e jeito de índia era uma deusa dos nossos sonhos adolescentes.

Quando ela disse que tava valendo, saímos feitos doido, gritando e como guerreiros Tapuias: "Cai cai tajura que é tempo de gordura! Cai cai tajura que é tempo de gordura!" Eu não contava história, era uma questão de vida ou morte e Zé de Dona Nicinha, ainda me deu uns empurrões pois era apaixonado por Ritinha. 

O trabalho era simples, pegar as tanajuras, degolar as suas cabeças e asas e ir juntando as bundas das tanajuras na palma da mão. Quando noitei que a mãe já estava cheia, corri para onde as meninas estavam em grande risadeira e mostrei o punhado de bundas de tanajura para que testemunhassem minha coragem.

Naquela hora, criei coragem e coloquei cerca de dez a dose bundas na boca e comecei a mastigar tidas de uma só vez. Is meninos com suas mãos cheias, ficaram me observando, enquanto, meus dentes trituravam aqueles restos de formigas cheias de gordura.

Quando já escorria pelos cantos da boca, aquela manteiga de formiga gelatinosa, abri a boca e engoli tudo, como se tivesse participando de um ritual de masculinidade e bravura . Lambi os beiços e disse, pronto, tarefa cumprida, agora quero o meu beijo.

No mesmo instante, Rita de Cássia disse: "Ecaaaa! Eu que não vou beijar essa boca sebosa!" Ela era um pouco maior e mais forte, mas não contei história, disse que ela fez o desefio, ia ter que cumprir. No mesmo momento parti para cima dela, segurei seu rosto e lhe roubei um beijo, mesmo na boca!!!
Confusão danada, risadas e empurrões. Ela me empurrou, me deu um tapa no rosto e disse com muita raiva: "Seu fresco safado!!!"

Naquele momento, já estava me sentindo na vantagem, pois tinha lhe tacado um beijo, mas chamar um menino de fresco era o prenúncio de uma guerra. Como ela maior e mais forte, paru para um golpe baixo, até demais.

Naquela época, a gente andava no osso, feito cavalo de índio. Ainda não existiam os copos de jorbas. Então a gente andava sem cueca. Com uns calções de elástico e cordão para amarrar. 

Não contei história, entre ouvir o fresco de propagando no ar, enquanto ela cuspia aquela saliva creme de bunda de tanajura, arrastei o calção para baixo e balancei o bilau para ela, dizendo: olha aqui o fresco!!!
Nessa hora, as meninas e os meninos começaram a rir descontrolados. Aquela ação gerou uma revolta e Ritinha colou as duas mãos no rosto e começou a chorar e, aos soluços saiu correndo para casa. As amigas lhe seguiram e, naquele momento entendi que havia pegado pesado.

A confusão chegou aos ouvidos de minha mãe e o cacete comeu no meu lombo. A noitinha, Zé e os outros colegas , chegaram lá em xasa e me disseram que Seu Dunda, pai de Rita, estava querendo me ver. Nessa hora pensei, agora eu me lasquei!?!?

Como já tinha feito a merda, fui lá. Ele estava na varanda e entrei calado e cabisbaixo. Os meninos ficaram no portão e na escuta. Seu Dunda era marceneiro, um homem grande e forte. Rita, sua irmã e seus irmãos estavam na porta, como testemunhas de um crime grave.

Seu Dunda disse: "Mas Belo, fiquei sabendo que você andou mostrando o pinto para Ritinha? O que aconteceu? Eu já estava lascado, então pedi desculpas e contei a minha versão da história: disse que Rita inha feito um desafio para a gente comer as bundas cruas das tanajuras e que iria dá um beijo de língua em quem começe. Aí eu comi, todos viram e ela não cumpriu a promessa. Então em beijei ela a força. Aí ela me chamou de fresco e eu perdi o controle, baixei o calção e mostrei o bilau pra ela.Foi isso que aconteceu.

Seu Dunda se dirigiu para Rita e disse, "Mas Ritinha, você não pode chamar um rapaz de fresco e nem sair por aí oferecendo beijos!". Ele disse, dessa vez vai passar, mas não quero mais saber desse tipo de comportamento! Pedi desculpas mas uma vez e saí mais desconfiado do que cachorro vira-lata e nunca mais quis saber de desafios malucos.

Uns 3 ou 4 anos depois, comecei a namorar com Sueli, sua irmã mais nova, mas foi um namoro escondido, pois fiquei morrendo de medo de Seu Dunda e dos irmãos de Ritinha, pois mesmo me dando razão, poderia ter sido da boca pra fora.
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Por Belarmino Mariano. Imagem Vaqueiro Postou nas Redes Sociais

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Juntando os Cacos

Por Belarmino Mariano*

Isso é apenas memória ruim de passado distante. Lembranças de um raio de luz em um olho 
roxo violeta, explicava a tatuagem de violência no rosto daquela mulher. 

Em seu espírito lilás, exaltava raios violetas e a flor da vida em tons ultravioleta. Enquanto homens brutos praticavam violência, ultra violência até deixar o lençol da cama todo ensanguentado.

Nos escombros de tua poesia crua, restos de tapera, sem portas e janelas. Casebre abandonado à beira da estrada de chão batido. Ali uma tragédia aconteceu e agora em noites de lua cheia é uma tapera assombrada. 

Ruinas da Morada do rio das pedras, nos quintos das secas do Sertão. A morada do velho Argemiro, Maria Eudocia e seus 13 filhos. Agora é lugar nenhum, lembranças perdidas, nas bandas de Angicos, nas gargantas do Velho Chico.

Nas carcaças de tua poesia fúnebre a cabeça de uma vaca enfiada na estaca da porteira do velho curral, assusta a seca e as ventanias de noites de lua cheia.

No oitão da casa em escombros, um Juazeiro velho faz sombra e aninha casacas de couro e outros pássaros do Sertão. Na baixada do rio das pedras não resta mais nada. 

Apenas as ferragens das engrenagens da tua poesia do abandono, as moendas e prensas em profunda oxidação, presas pela entropia, testemunham o fogo morto desse velho engenho de cana-de-açúcar que era fabrica de rapadura aguardente.

Os Netos escutam as histórias de felicidades e de tristezas, onde homens brutos construiram e destruíram suas vidas e amaldiçoaram aquele lugar para a eternidade.

*Por Belarmino Mariano, imagens das redes sociais.